O Ministério do Planeamento e das Infraestruturas informou hoje que a abertura do Túnel do Marão está dependente de certificações de segurança e operacionalidade, que espera estejam concluídas em maio.

 

Num esclarecimento enviado à Lusa, o gabinete do ministro Pedro Marques não antecipa data para a abertura da nova ligação entre Vila Real e Amarante, no Norte do país, indicando apenas que "as obras de construção do Túnel do Marão estão concluídas" e que "a sua abertura ao tráfego dependente de um conjunto de certificações de segurança e operacionalidade, cuja conclusão deverá ocorrer nos primeiros dias de maio". A reação do Ministério surgiu na sequência das declarações feitas hoje pelo presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) Terras de Trás-os-Montes, Américo Pereira, que reclamou a resolução rápida da questão e alertou que cada dia que o Túnel do Marão continua encerrado potencialmente é mais uma morte que pode haver na estrada. O Gabinete do Ministério do Planeamento e das Infraestruturas esclarece que as certificações pelas quais se aguarda para abrir o túnel de seis quilómetros "incluem as que se realizam obrigatoriamente em qualquer infraestrutura destinada ao tráfego automóvel", mas também outras relacionadas com o facto "de se tratar de um túnel de uma dimensão extraordinária". O esclarecimento enviado à Lusa refere que "o Túnel do Marão disporá dos mais sofisticados e avançados sistemas de prevenção, deteção e resolução de qualquer tipo de incidente ou acidente". Segundo a tutela, a infraestrutura rodoviária dispõe "de 11 galerias de emergência, algumas dedicadas à circulação de veículos de emergência, sistemas autónomos de energia elétrica, sistemas avançados de iluminação e ventilação, diversos sistemas de deteção de todo o tipo de incidentes com veículos, sistemas de alerta, através de megafonia e radiodifusão", entre outros. O Túnel do Marão e mais alguns quilómetros de autoestrada são a última empreitada que falta para ligar o Porto à fronteira, em Bragança, e concluir a A4. A infraestrutura sofreu vários atrasos, devido a questões financeiras, e a obra esteve parada quase três anos. Os trabalhos estão concluídos e a abertura já chegou a ser anunciada sem data concreta para abril, mas os túneis continuam fechados nos dois sentidos e o trânsito continua a circular obrigatoriamente pelo sinuoso IP4 que permanecerá como alternativa na zona do Marão. O presidente da CIM de Trás-os-Montes, Américo Pereira, afirmou hoje que "cada semana, cada dia, cada minuto que aquilo esteja encerrado é mais uma bomba que ali está em termos de provocar mais uma morte" O autarca socialista, que é também presidente da Câmara de Vinhais, no distrito de Bragança, e que falava, em Vila Flor, à margem da apresentação do dispositivo distrital de combate a incêndios florestais, acredita que todos aqueles acidentes que conotaram o IP4 com a "estrada da morte", "teriam sido evitados", se houvesse a alternativa do túnel. Lusa



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