Apesar de todas as dúvidas que envolvem o projecto Funzone Villages Douro, o autarca de Alfândega da Fé, João Carlos Figueiredo, assegura que é mesmo para concretizar. Como garantia, avança a confirmação recente pela Agência Portuguesa de Investimento, depois de reapreciar a proposta, de que se trata de um Projecto de Interesse Nacional (PIN).

A desconfiança geral tem aumentado à medida que o tempo passa. Ao facto de se tratar de um investimento de 250 milhões de euros - o maior, de carácter privado, alguma vez feito em Trás-os-Montes - junta-se a demora em ver obra no terreno, nas imediações da barragem da Estevaínha.

O empresário britânico de origem portuguesa Luís Chabi Rodrigues garantiu, há dois meses, que é o projecto seria mesmo uma realidade. Agora, o autarca acena com a garantia que o PIN lhe dá. \"Foi sempre nesta base que equacionámos este investimento\", alega, acrescentando \"Não estivéssemos num país de papéis e o processo poderia estar mais avançado\".

Entretanto, houve algumas alterações ao que inicialmente estava previsto. A Câmara não vai doar ao empresário os terrenos para o Funzone, já negociados com os proprietários, e que representam um investimento de 1,5 milhões de euros. \"Evoluiu-se para uma situação de venda dos terrenos pelo seu preço real\", sintetizou o edil, frisando que \"a Câmara não vai perder qualquer dinheiro\".

João Carlos Figueiredo assegura ainda que a autarquia salva guardou, também, nos contratos relativos aos terrenos, uma possível marcha-atrás do empreendimento. \"Se não se realizar, não teremos que efectivar a compra de mais de metade dos terrenos\". De resto, até ao final deste ano terá de se avançar com o Plano de Pormenor do local, sendo que o investidor deverá apresentar à Câmara todos os dossiês necessários para o licenciamento das obras.

O Funzone Villages Douro é um empreendimento turístico que engloba um aldeamento de luxo, com 2000 camas, destinado em especial a famílias em que existam pessoas portadoras de deficiência. Como complemento à estrutura central será criado um parque ecológico, um parque de lazer, uma pista artificial de esqui, uma praia com ondas artificiais, onde será possível praticar surf, e um centro médico que terá em permanência seis ambulâncias de paramédicos, bem como um helicóptero para emergências. Deverá criar 1250 postos de trabalho



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Estudante do 9.º ano da Escola E B 2,3 Paulo Quintela

Novo modelo de regionalização