A EDP anulou a realização de prévia de sondagens arqueológicas e levantamentos arquitectónicos da zona que será inundada com a barragem do Baixo Sabor, adiando estes trabalhos para a fase de obra, noticia o jornal Público. A intenção, refere o diário, será evitar o atraso do início da construção da estrutura.

Segundo o Público, que faz manchete com a notícia, a empresa eléctrica solicitou ao consórcio responsável pelo Estudo de Impacte Ambiental da barragem do Baixo Sabor que fosse feita uma consulta sobre o tema junto de empresas de arqueologia. Esta informação foi negada pela própria EDP. «A EDP não adjudicou nem teve a intenção de adjudicar à Ecossistema qualquer trabalho de sondagens e escavações para o Baixo Sabor\", afirmou a empresa numa nota enviada ao jornal.

Contudo, o Público adianta que este desmentido «não corresponde à verdade», mesmo que não tivesse sido aberto qualquer concurso público. A própria Ecossistema disse ao jornal que foram consultadas três empresas, que apresentaram um plano de trabalhos com prazos e preços.

«O propósito desses trabalhos era o de complementar a informação já obtida anteriormente, com a execução de levantamentos cartográficos e fotográficos e com a recolha de informação adicional sobre os sítios arqueológicos identificados, e o propósito dessa consulta era simples: permitir ter dados substantivos para discutir a oportunidade e a viabilidade da realização desde logo desses trabalhos», consta de uma nota da Ecossistema citada pelo jornal.

O Público aponta que o objectivo desta decisão da EDP será «adiar ainda mais o início da construção da barragem». «Se, por mera hipótese, algumas dessas sondagens arqueológicas levassem à descoberta de algo muito importante, a aprovação do RECAPE (Relatório de Conformidade Ambiental do Projecto de Execução) seria mais demorada e o arranque da obra teria que ser adiado», lê-se no jornal.



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