Atraída pela possibilidade de contactar mão-de-obra barata, uma empresa espanhola ligada às energias renováveis vai instalar a maior parte da sua produção no concelho de Alfândega da Fé.
Trata-se da Megapisa, um empresa com sede em Valladolid, que produz componentes para a indústria automóvel e aeronáutica e que pretende diversificar a sua produção para as energias renováveis.

A Megapisa Portugal fabricará um produto completamente inovador em Portugal, na área da produção de tecnologia que permite reduzir significativamente os custos de manutenção e produção de energia. A inovação passa pela utilização de um sistema que permite realizar um seguimento heliostático em dois eixos, recorrendo apenas a um sistema motor (seguindo a trajectória do sol desde o nascer ao ocaso), \"um sistema único no mundo\" referiu Vicente Molina, sócio-gerente da empresa. Osistema mecânico que permite o funcionamento das placas será produzido em Trás-os-Montes e daqui exportado para todo o mundo.

A empresa investirá perto de um milhão de euros para instalar cerca de 90 % da sua produção em Alfândega da Fé, sendo que a montagem ficará na totalidade nesta fábrica. A Megapisa deverá começar a trabalhar em Março de 2007,mas já tem mais projectos para instalar na região ligados à produção de biomassa e placas solares térmicas para a produção de água quente.

O presidente da Câmara de Alfândega da Fé, João Carlos Figueiredo, está satisfeito com a vinda dos espanhóis e explicou que a autarquia tem-se empenhado na realização de operações de charme com o objectivo de captar investimento. Neste caso, foi o trabalho junto da Renault, que ainda considerou a hipótese de instalar uma fábrica de componentes de automóvel no concelho, que mobilizou os espanhóis, visto que trabalham com aquele grupo francês. Numa primeira fase serão criados dez postos de trabalho, mas prevê-se que, a médio prazo, possam ser entre 30 a 40.

A Câmara ofereceu como atractivo um terreno na zona industrial e a construção do pavilhão, gastos que serão quantificados nos 30 % de capital que a autarquia investirá como sócia do investimento. Em seis meses este é o segundo investimento estrangeiro que se vem para Alfândega da Fé.



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