A EDP considera que a construção das barragens de Sabor e Foz Tua, bem como a continuidade da exploração de Alqueva, são fundamentais para a empresa rentabilizar o aproveitamento da energia eólica, que só pode ser armazenada na água, disse o presidente da EDP, António Mexia, à margem da sua intervenção num almoço-debate sobre a «evolução do sector energético na Europa e os recursos endógenos em Portugal» promovido pelo CDS/PP.

Um encontro em que o presidente do partido, Ribeiro e Castro, defendeu que o País \"tem a responsabilidade de explorar a 100% o seu potencial hídrico\". Mexia referia-se à possibilidade do aproveitamento da energia do vento, em horas de vazio, para bombear, em sentido inverso, a água nas barragens a um custo quase zero, permitindo às produtoras de electricidade injectar energia na rede nas horas mais vantajosas.

Recorde-se que a EDP tem feito uma aposta séria na energia eólica e ganhou, no passado, a primeira fase do concurso para a atribuição de uma nova potência eólica de 1000 megawatts.

A decisão de Bruxelas sobre a Barragem do Sabor «deverá ser conhecida até ao final deste mês», revelou ainda António Mexia .

Quanto à barragem de Alqueva, o presidente da EDP espera que os resultados do concurso possam ser conhecidos ainda no primeiro trimestre deste ano.

Para Foz Tua, tal como para o Baixo Sabor, a eléctrica já tem o parcer favorável da Direcção-geral de Geologia e Energia (DGGE) em relação à ligação daquelas centrais à rede, mas aguarda por luz verde para avançar com estes projectos.

Em relação a Alqueva, a EDP é ainda a responsável pela exploração daquela central, mas o Governo já decidiu, no ano passado, que lançaria um concurso para concessionar a exploração da barragem, dando assim oportunidades a outras empresas do sector de concorrerem. A eléctrica nacional também será uma das concorrentes, mas corre agora o risco de poder peder a exploração da central.

Quanto ao mercado europeu, Mexia defendeu a necessidade de maior concorrência, de investimentos em infra-estruturas e de harmonização regulatória entre mercados. No futuro contexto europeu, na opinião do gestor, as empresas de média dimensão, como a EDP, podem ter um papel fundamental.



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