Um conjunto de cooperativas agropecuárias dos territórios de montanha da região Norte uniram-se para constituir uma "marca chapéu" tendo em vista a comercialização de carne no mercado interno e externo, disse hoje à Lusa fonte ligada ao processo.

"Somos um conjunto de entidades ligadas ao setor pecuário que estamos a levar este projeto para a frente com o intuito de ganhar escala, para que as nossas pretensões sejam ouvidas por diversas entidades oficiais ligada ao setor da pecuária", explicou a secretária técnica da Associação de Produtores de Ovinos de Raça Churra Mirandesa, Andrea Cortinhas.

Segundo a técnica, foi criada uma cooperativa para a comercialização de carnes de "qualidade superior" com a certificação de Dominação de Origem Protegida (DOP) e de Indicação Geográfica Protegida (IGP) para se tentar "valorizar estes produtos agropecuários de excelência".

"O principal objetivo é incrementar a competitividade regional e a dinâmica empresarial através de uma estratégia conjunta, agregadora de sinergias, entre a produção, transformação e comercialização visando a valorização e promoção de produtos de excelência da fileira agroalimentar", vincou Andrea Cortinhas.

Para já, as entidades parceiras deste "novo" projeto são a Associação de Produtores de Ovinos de Raça Churra Mirandesa, a Associação de Produtores de Ovinos de Churra Galega Bragançana e Churra da Terra Quente, às quais se juntam associações de produtores de caprinos, tais como a Bravia, Preta de Montesinho e Serrana.

O setor dos bovinos está representado através das associações de produtores de Animais de Raça Arouquesa, Minhota e Barrosã.

Já do lado dos suínos, o setor estará representado pela associação que agrega os criadores do porco Bísaro.

"Pretendemos entre as entidades parceiras envolvidas criar dimensão e dar força e voz em defesa dos interesses das raças autóctones, defendendo sempre os interesses dos produtores com o intuito de valorizar os produtos de qualidade que produzimos. Para tal vamos criar uma marca chapéu promocional que agregue valores essenciais, tais como a qualidade, natureza e ambiente, fatores cada vez mais valorizados pelo consumidor", especificou a responsável.

Nesta fase inicial, o grosso da produção sairá de Trás-os-Montes, prevendo-se que a breve prazo entrem no circuito as carnes produzidas no Minho, para depois se alegar as outras regiões.

Neste projeto participam, ainda, entidades como a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Instituto Politécnico de Bragança e Universidade Católicas do Porto.

"Estas entidades têm um papel importante na investigação, promoção e divulgação destas raças autóctones, junto dos mercados interno e externo", enfatizou.

Às Comunidades Intermunicipais da região Norte é atribuído um papel de relevo no apoio a este novo projeto.



PARTILHAR:

Jovem de 22 anos morre na sequência de tiroteio em Valpaços

UTAD integra grupo para controlo da vespa asiática no "Douro Verde"