O Tribunal de Mirandela condenou ontem a nove anos de prisão um homem de 52 anos que matou o filho à facada durante uma discussão familiar.
Os cinco golpes desferidos com uma faca de cozinha no jovem de 23 anos, alegadamente toxicodependente, levaram o colectivo de juízes a concluir que Rogério Lázaro agiu conscientemente.
O tribunal deu como provado o crime de homicídio simples de que o arguido vinha acusado, punido com pena de prisão entre oito e 16 anos, mas considerou como atenuantes o bom comportamento do réu, o facto de ser primário e de ter confessado os factos.
Rogério Lázaro encontrava-se sob prisão preventiva desde 18 de Julho de 2000, o dia em que, à hora de almoço, ocorreu a tragédia.
De acordo com a versão de familiares e amigos, o filho criava constantemente conflitos com os pais e nesse dia terá agredido verbalmente e ameaçado a mãe por lhe desagradar o almoço que lhe estava a ser servido.
A intervenção do pai para impedir a agressão do filho à mãe terá originado a briga que o levou a pegar numa faca da cozinha e a desferir cinco golpes no jovem.
Durante o julgamento foram ouvidas mais de 40 testemunhas, entra as quais psicólogos que se pronunciaram sobre a alegada pressão psicológica em que viveria esta família devido aos problemas de toxicodependência do filho.
O Ministério Público pediu a condenação de Rogério Lázaro, enquanto que o advogado de defesa, Albérico Lopes, alegou que a moldura penal mais adequada ao caso do seu cliente seria homicídio privilegiado, sem intenção deliberada de matar, que prevê um condenação de um a cinco anos de prisão.



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