A Comissão de Defesa da Linha do Tâmega anunciou ontem que vai accionar uma providência cautelar para impedir o início da construção da ciclopista que as quatro autarquias da região pretendem construir naquela ferrovia desactivada.

A Linha do Tâmega foi desactivada entre Amarante e Arcos de Baúlhe em Janeiro de 1990, na sequência de um protocolo assinado anos antes entre a CP e as autarquias da região. Desde essa altura, a comissão tem lutado pela reactivação, salientando a sua importância para o desenvolvimento económico da região e para a mobilidade das suas populações.

Alfredo Gonçalves, um dos membros da comissão, explicou que as contrapartidas assumidas na altura pela administração central nunca foram assumidas, nomeadamente a variante rodoviária Amarante - Arcos de Baúlhe e a criação de carreiras de autocarros para servir populações que ficarem sem serviço ferroviário. Reunida sábado com a Comissão de Defesa da Linha do Tâmega, a população de Lourido decidiu lançar um abaixo-assinado exigindo as contrapartidas a que têm direito, que no final será entregue à Câmara de Celorico de Basto. A comissão reuniu-se há cerca de um ano com responsáveis da anterior secretária de Estado dos Transportes, que lhe comunicaram, segundo Alfredo Gonçalves, que \"nenhum dos protocolos assinados entre a CP ou a REFER e as autarquias teve autorização do Governo, pelo que são ilegais\".

Com base nesta argumentação, a comissão vai accionar uma providência cautelar no sentido de impedir o início da construção da ciclopista anunciada para o troço desactivado pelos quatro municípios envolvidos - Amarante, Celorico, Mondim e Cabeceiras de Basto.



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