A Câmara de Ribeira de Pena anunciou hoje a criação de uma rede de vigilância com 50 homens para proteger os 9.000 hectares de floresta do concelho, e de mais pontos de água para combater os incêndios.

Germinal Rodrigues, vereador da Câmara de Ribeira de Pena, distrito de Vila Real, salientou a aposta da autarquia na prevenção dos fogos de Verão para não deixar expostos os 9.000 hectares de área florestal do concelho, maioritariamente constituída por pinheiro bravo.

Neste Verão vão estar no terreno, "para uma vigilância 24 horas por dia", 50 homens, entre sapadores florestais e funcionários da autarquia, indicou.

Germinal Rodrigues referiu ainda a candidatura ao Centro de Emprego de Basto, para que 25 beneficiários do rendimento mínimo possam ajudar na limpeza de mato nas bordas dos caminhos.

Segundo disse, existem no concelho 30 pontos de captação de água, onde também podem abastecer os helicópteros, e estão a ser construídos mais dois.

O vereador sublinhou ainda as obras de beneficiação para a reactivação do heliporto do Minheu (Vila Pouca de Aguiar), onde este ano vão ficar estacionado meios aéreos para uma "actuação mais rápida e célere" em caso de incêndio desta área florestal, "que é a maior" da região de Trás-os-Montes e Alto Douro".

A autarquia estabeleceu parcerias com a Direcção Regional de Agricultura de Entre o Douro e Minho (DRAEDM), que cedeu uma máquina para a limpeza de mato e de caminhos na área florestal.

Apresentou ainda uma candidatura à Direcção Geral de Recursos Florestais, no âmbito do Programa Agris, para a aquisição de duas viaturas equipadas com material para uma primeira intervenção em caso de fogo e para a instalação de rádios para uma comunicação mais eficaz.

Referiu ainda o protocolo assinado com os bombeiros do concelho para "um maior reforço e patrulhamento da mancha florestal".

Germinal Rodrigues sublinhou que, até 08 de Junho, vai ser constituída a Comissão Municipal de Fogos Florestais, onde vão estar representadas todas as entidades envolvidas no processo de prevenção dos incêndios, como juntas de freguesia, conselhos de baldios, bombeiros e DRAEDM.

Segundo frisou, esta comissão vai elaborar, "de imediato", um plano de defesa da floresta.

"A nossa aposta na prevenção tem dado resultados muito positivos, pois, em 2003, arderam no concelho pouco mais do que cem hectares de floresta", salientou.

Sublinhou as maiores dificuldades no combate aos incêndios no concelho, nomeadamente o terreno acidentado e íngreme e o tipo de cultura predominante, o pinheiro bravo que é uma árvore "muito inflamável".



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